domingo, 25 de abril de 2010

As aulas que temos no nosso dia a dia

Essa semana tiveram algumas coisa interessantes. Inicialmente o João Victor precisava cortar o cabelo e não tinhamos muita idéia de onde ir. Logo após nossa chegada ele chegou a dar uma aparada nas pontas em um salão no Shopping principal daqui de Mississauga, mas o resultado não foi dos melhores. Resovelmos então que deveríamos arriscar outro. Assim sendo, fomos dar uma olhada em dois salões perto do meu curso. Acabamos optando pelo  Adam’s Barber Chair, sendo que o próprio Adam nos atendeu. Conversa vai, conversa vem vi logo que o cara não era nativo e rolaram as perguntas tradicionais da origem e de quanto tempo no Canadá. No caso do Adam ele veio da Palestina e o nome real dele real é Mohamede, apesar de  Adam ser também um nome Árabe (segundo ele). Bom, mas o que tem aula a ver com o barbeiro, é que como a conversa rolou muito ele falou dos problemas que tinha na Palestina e do difícil relacionamento com os Judeus. Tudo isso presenciado pelo JV, que apesar de ainda falar pouco já entende direitinho.  Como ele estava prestando atenção certamente deve ter aprendido bastante sobre os problemas dos Judeus e Muçulmanos naquela região. É muito diferente você ouvir alguem relatando fatos que passou do que simplesmente ler notícias no jornal ou ver na TV.
Para complementar essa parte cabelistica, o Filipe resolveu também cortar o cabelo, só que ele achou um barbeiro brasileiro mesmo. O cara também era muito bom e mais barateiro que o Adam. Segue a foto dele cortando.

Preparando o basement

Ontem comecei a preparar o basement para receber o João e o Filipe. Quando digo comecei, digo EU mesmo comecei a meter a mão na massa pois o basement aqui é unfinished. Inicialmente comprei e já instalei as placas de borracha (anti-térmicas) que vão ficar por baixo do carpete. Foi meio trabalhoso para quem não era acostumado a esse tipo de serviço, mas as coisas aqui são bem práticas e preparadas para pessoas sem experiência.  Hoje vou sair para comprar o carpete. O lance de ficar no basemend foi uma opção que dei e curtiram, pois terão mais espaço e privacidade. Espero que fique tudo bem legal.

O curso

Acho que tenho falado demais do curso, então vou ser breve. Essa semana tive a 1ª entrevista com o Job Developer e as perpectivas de começaar um co-op logo, segundo ele, são boas. Espero que ele esteja certo.

Móveis

Tinha planejado comprar alguns móveis durante a semana, mas como ainda estou sem carro fico na dependência da carona de amigos. Combinei então com o Gustavo de irmos na Ikea amanha, e espero que possa resover essa pendência. Não são muitas coisas, mas devo comprar umas luminarias para a sala, as camas das criancas e duas bancadas, uma para o meu computador e impressora e outra de estudo para colocar no basement do João e do Filipe. Aos poucos a coisas começam a ficar com cara de casa.

Um abração
Márcio

domingo, 18 de abril de 2010

Mais uma semana sem escrever ...

Pelo visto esse vai ser o ritmo de atualização do blog. Desde que comecaram as aulas só consigo parar para escrever nos finais de semana. Durante a semana chego em casa mais ou menos 15:30 e sempre tem muita coisa para fazer. Então vamos combinar o seguinte, só entro durante a semana se algo muito especial acontecer.
Em relação ao curso ele vai indo bem. É muito bom ficar ocupado e sendo obrigado a pensar em Inglês o dia todo. As únicas observações que posso fazer é que o ritmo é muito lento. Quando o professor passa uma atividade dá para fazer ela umas 3 vezes. Na verdade da até para entender o motivo. Primeiro existe a necessidade de nivelar por baixo (todos devem ser atendidos) e depois (acho que esse deve ser o motivo principal), é que as organizações que oferecem cursos para os newcomers recebem repasses do governo e esse repasse provavelmente  deve se relacionar ao número de horas dadas e quantidade de alunos na sala. Vejam bem, não estou reclamando não, é só uma observação. Além do mais acho que o tempo não está sendo perdido, pois estou aproveitando muito para melhorar meu listening em relação à diferentes sotaques. Esse lance de sotaque é um calo para mim e falerei sobre isso mais adiante.
Uma coisa bacana que aconteceu essa semana foi que tive que fazer uma apresentação para vários alunos (da minha sala e de outras) sobre que tipo de trabalho estou buscando no Canadá. Não que a apresentação tenha sido maravilhosa (até acho que ela foi bem bacaninha), mas que essa foi a primeira vez que precisei falar em Inglês para um público um pouco maior. Tipo uma aula mesmo, com Powerpoint e tudo mais. Apesar dos muitos anos de experiência em sala de aula como professor,  sempre rola um frio na barriga. Para piorar em Inglês também deu uma travada na língua, mas depois de umas duas frases a coisa deslanchou. Não foi muito tempo, no máximo uns 15 minutos, mas valeu para perder a virgindade.
Depois da apresentacão vieram as perguntas e o meu problema com alguns sotaques voltou (rs). Na sala tem uns 3 indianos e todos falam Inglês com muita fluência. O primeiro se chama Shine, a segunda  Yvonne e tem uma terceira que não me lembro o nome. O problema é que nao entendo quase nada que eles falam, para mim parece mais o barulho que as Pombas fazem quando estão no telhado da casa (o alfabeto deles parece que só tem a letra R). Com o Shine eu  já conversei sobre isso e como ele está ficando meu amigo já consigo entender algumas coisas (poucas). O problema foi que a Yvonne resolver perguntar e eu olhei para ela sem entender nada. Adivinhem quem veio me ajudar, o Shine, aí que a coisa ficou pior, pois já tava meio nervoso e também  não entendi nada que ele falou. Só quando uma terceira pessoa ajudou é que entendi a pergunta. Foi muito estranho.Tiveram mais umas três perguntas e pude responder todas.  Contabilizando, já sei que russos e indianos são difíceis de entender.
Depois de uma das aulas cheguei a conversar com o professor sobre essa dificuldade de entender os 3 indianos e o professor deu um risinho com o canto da boca. A impressão que tive foi que ele queria dizer “Eu também não entendo”. De qualquer forma sei que tenho que melhorar o lance dos sotaques. Só por curiosodade, na minha sala tem três pessoas das Ilhas Mauricio e lá eles falam Inglês e Francês (que bacana isso).
No curso rolou mais algumas coisas interessantes, principalmente em relacão ao mercado de trabalho e meios de busca de emprego. Apesar do ritmo lento achei tudo muito interessante. A infraestrutura do curso também é ótima. Todas as salas possuem um notebook na mesa de cada aluno e a internet é sempre usada como parceira no ensino.
Bom, por enquanto é isso. Essa semana marquei de ir com um amigo na Ikea (http://www.ikea.com/ca/en/ ) comprar alguns móveis para a casa, pois o resto da familia já está perto de chegar. A Ikea é tipo uma Tok & Stok. Semana que vem conto como foram essas compras.
Ahhhh, já ía me esquecendo de contar. O João achou leite condensado no mercado e tivemos brigadeiro hoje em casa.
Um abraço
Márcio

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Algumas novidades

Depois de alguns dias sem ter tempo para escrever, consegui dar uma paradinha e me lembrei do blog. Na verdade só consegui isso agora, pois já passou de meia noite.
A grande novidade é que na última semana comecei o curso de Inglês oferecido pelo governo (LINC), são aulas diárias das 9:00 às 14:15. Achei as aulas bem interessantes, principalmente por causa da professora, uma senhora Inglesa muito engraçada. Nessa primeira semana acho que consegui aprender bastante com ela. Sinceramente acho que estava precisando de uma atividade que forçasse minha mente a pensar em Inglês o dia todo. Essa semaninha me fez muito bem.
Bom, mas essa também foi minha última semana no curso de Inglês oferecido pelo governo (LINC), aquele com aulas diárias (rs). Pois é, não sei se vocês lembram quando falei que estava chateado com o resultado do assessemnet test que fiz com a mulher de origem russa (post de nome “The book is on the table” http://acarajegelado.blogspot.com/2010/03/book-is-on-table.html), pois não poderia fazer os cursos mais interessantes, direcionados ao mercado de trabalho. Como não me conformei com o resultado fui à instituição que oferece esses cursos e expliquei o que tinha acontecido. Um cara então me entrevistou e disse que meu Inglês era muito bom e que eu poderia tranquilamente começar um dos cursos. Fiquei super animado e com vontade de voltar lá na russa e reclamar.
O governo canadense banca alguns programas para ajudar os imigrantes na inserção no mercado de trabalho. São diversos tipos de cursos, alguns oferecem aulas de ambientação com o mercado de trabalho canadense, preparação de currículos e cover letters e orientações sobre as entrevistas de emprego. Outros são mais completos, oferecendo cursos adicionais, mentoring (um tutor de acompanhando) e oportunidades de estágio (remunerado ou não). Esses programas são conhecidos como "bridging".
Me matriculei num chamado ELT, Enhanced Language Training  (http://www.immigrationpeel.ca/language/elt.htm) que é composto de duas etapas, inicialmente um período em sala de aula (9:00 as 15:00) onde se foca na preparação de currículos, estratégias para busca do emprego no mercado canadense, consultoria com um Job Developer (one-on-one), business language e workplace culture. Após esse período começa a parte mais interessante, eles te colocam em uma empresa para um estágio em tempo integral – 9:00 as 5:00. Vale ressaltar que a empresa não tem obrigação nenhuma de te contratar após o término do período. A vantagem de se fazer esse curso é que após a conclusão do mesmo você passa a ter a famosa “experiência canadense”, que todo empregador pergunta se você já tem na hora da entrevista. Não sei ao certo quanto tempo dura cada uma das partes, mas o curso todo demora uns 3 meses. Começo na segunda-feira, dia 12 e espero que seja bem legal.
Um abraço
Márcio

sábado, 3 de abril de 2010

Nada de Toronto, a cidade é Mississauga

Acabo de perceber que estou sendo um pouco mentiroso com os leitores do blog, pelo menos em relação a essa foto enorme de Toronto coloquei logo acima (prometo corrigir isso). Como já falei em outros posts, na verdade estou morando na cidade de Mississauga, que é vizinha de Toronto e faz parte da Grande Toronto (GTA). Percebendo isso resolvi então escrever um pouco sobre Mississauga (os nativos falam Mississoga) e colocar algumas fotos.
Como toda cidade colada em uma grande metrópole, Mississauga funciona como cidade dormitório. Assim sendo muitos morados trabalham em Toronto. De carro se gasta uns 40 min até Toronto Downtown. Outra opção bem interessante e muito utilizada é o trem, no qual se gasta também uns 40 min. Já de ônibus e metrô se demora um pouco mais, uns 80 min. Acho os tempos bem razoáveis, principalmente para quem já foi acostumado aos engarrafamentos nas grandes cidades brasileiras.
Atualmente a população da cidade está na faixa de 700 mil habitantes, sendo o sexto mais populoso município do Canadá e o segundo de Ontário. Toronto e Mississauga estão conurbanas e a impressao é que moramos em um subúrbio de Toronto. Essa sensação de morar em um subúrbio atrai muita gente cansada da vida urbana e cosmopolita de Toronto. Ao mesmo tempo, impostos municipais menores e a proximidade das rotas de transportes acabaram atraindo muitas empresas comerciais e industriais para região.
A área da cidade que moro é relativamente nova e composta basicamente por casas e townhouses. Tem um parque público bem bacana, o Four Winds Hollow Park (100 metros aqui de casa) com um campo de futebol gramado, 2 quadras de tênis e um parquinho para as crianças.  Temos também uma área comercial bem legal, com todas as grandes lojas (WalMart, Canadian Tire, Future Shop, Best Buy, Dolarama e etc) a apenas 10 min caminhando e, finalmente ficamos a 10 min de ônibus de Mississauga Downtown. Acho a região muito bem localizada.
Lógico que na hora de se buscar movimento o jeito é ir para Toronto. João e Filipe todo final de semana se mandam para lá. Na verdade eu sou totalmente dividido. Toronto é uma cidade fantástica, bonita, segura e com muitas opções para se divertir,  tenho certeza que adoraria morar lá também, mas como temos os dois pequenos acho que o tipo de vida que teremos aqui mais indicada.
Seguem algumas fotos. Inicialmente de Mississauga downtown.

As fotos a seguir são de Streetsville, que é uma parte antiga da cidade. Parece uma pequena vila.

Já as townhouses que falei são esse tipo de construção. Normalmente umas 6 ou 8 casinhas coladas com um quintal no fundo. Parecem aqueles villages de Praias do Flamengo e Stella Mares em Salvador (só que sem a praia). Normalmente ficam em ruas mais tranqüilas.

Então é isso.
Um abraço
Márcio